O talvez é um Mysterio

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Odeio trocadilhos, mas deu uma vontade tremenda de usar. Talvez se não tivesse utilizado esse título e trocado por outro mais técnico ou algum outro abstrato, os leitores gostassem mais. Mas é isso que estou pensando no momento: o talvez que nos cerca sempre, que, as vezes não é apenas uma faca de dois gumes, estaria mais similar a um canivete suíço com múltiplas utilidades. Estava ouvindo Dr.Dre e em uma música, o refrão era de Nate Dogg. Talvez se ele não tivesse morrido teria fatalmente participado de outras grandes parcerias com rappers, ou não. E Tracy McGrady, se não tivesse tantas lesões chegaria ao grande título da NBA? E se Pelé nascesse em 88 e hoje fosse um jogador, seria melhor que Lionel Messi?

Estamos em um site em que falamos essencialmente de luta livre, mas esses exemplos não cheiram a pro wrestling. Mas em todo o tempo nesse primeiro parágrafo, nós falamos de Pro Wrestling, porque o talvez é uma das palavras que movem a luta livre mundial. Também é a palavra que envolve muito o assunto dessa palavra que estou pregando no dia de hoje, irmãos. Um lutador que em 2008 fez grande parte dos espectadores que colocavam suas televisões sintonizadas no Sistema Brasileiro de Televisão ficarem maravilhados com seus movimentos acrobáticos e seu modo de enfrentar lutadores maiores e mais fortes.

Eu era um deles.

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Rey Mysterio era um super herói, com a agilidade e técnica de um. Se você pesquisar e ter a curiosidade de assistir os vídeos de Rey Rey no início de sua carreira, irão se impressionar com a rapidez dos movimentos daquele menino descendente de latinos que se tornaria um dos maiores nomes do Pro Wrestling. Ao chegar na WWE em 2002, se tornou o principal nome da Cruiser Division, protagonizando sempre ótimas lutas. 2005 na minha opinião é o momento do plot na carreira de Rey. Sua feud com o Latino Heat Eddie Guerrero o eleva a um patamar acima do midcard, e a trágica morte do mesmo, o coloca na grande missão de substituir Eddie como a face latina em Stanford.

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Vence o Royal Rumble em 2006, o World Heavyweight Title na WrestleMania 22, os narradores o chamavam de Heart and Soul, dizendo em uma versão abrasileirada, o coração e a alma do Smackdown. Em 2008 considero o fim do grande momento de Rey, mesmo com a feud com Jericho em 2009, a carreira e o corpo de Oscar Gutierrez vão se desgastando, e as lesões agora são cada dia mais constantes. Vence por mais duas vezes títulos mundiais, sendo por último no infame episódio no qual vence o WWE Championship entre o início e o meio do show, e no fim do mesmo perde para John Cena, naquele conturbado verão de 2011.

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E se seus joelhos não doessem mais? E se Eddie não tivesse morrido, seria Rey campeão ou apenas mais um Tracy McGrady, uma lenda perdida? O talvez é um mistério, nós apenas saberemos o que ocorre na realidade, e a realidade é que, mesmo ao fim do seu contrato com a WWE, as lembranças não morrem tão cedo. E como iniciei o parágrafo final parafraseando O Rappa, terminarei da mesma forma. Obrigado Rey, valeu a pena te ver lutando no ringue, e sempre valerá onde quer que você estiver atuando.

Por LKS.

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