Kofi Kingston de volta ao lar

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2019 é um ano especial na vida de Kofi Kingston. O lutador, que estreou em 2008 na WWE, conquistou em abril a maior vitória da sua carreira, ao se tornar campeão mundial na WrestleMania.

Mas esse não era o único tabu quebrado por Kofi. Nascido em Gana, país africano de aproximadamente 30 milhões de habitantes no noroeste da África, se mudou com a família para os Estados Unidos ainda criança, e nunca mais retornou ao país de origem.

No fim de maio, aos 37 anos, 26 anos após deixar seu país de origem, Kofi Nahaje Sarkodie-Mensah retornará como o primeiro africano campeão mundial da WWE.

A principal palavra para descrever sua vitória contra Daniel Bryan na WrestleMania 35 é representatividade. Foram necessários 35 anos para um homem negro conquistar o prêmio máximo da Luta Livre no seu maior palco.

As reações de lutadores negros – novatos ou veteranos – demonstra quão importante foi aquela vitória não apenas para Kofi, como também para outros que o terão como exemplo de que é possível vencer todo um ambiente discriminatório e chegar ao topo.

E não é qualquer história. Kofi Kingston estreou em 2008, e em 2009 já estava descartado um possível push para sua carreira, devido aos atritos com Randy Orton. Se no final da década passada isso parecia impossível, escrever essa história em 2019 é surreal.

Novos lutadores chegaram e passaram Kingston na fila pelo destaque. Os exemplos são tantos. Reigns, Rollins, Ambrose, Bálor etc. Todos à frente de Kofi Kingston. Até esse ano.

Dois meses depois a sua histórica e improvável conquista, Kofi estará de volta ao seu país de origem, sendo recebido pelo Chefe de Governo local. O retorno de um ídolo que se tornou o que é por representar muito para uma parcela da população que sempre teve pouco.

Hoje, 13 de maio de 2019, é celebrado os 231 anos da abolição da escravidão no Brasil – o último país a abolir, inclusive.

Exemplos como o de Kofi mostram que histórias como essa precisam ser contadas. Histórias que fazem crianças terem ídolos da sua cor, e todo um povo retomar a sua autoestima, provando que é possível ser gigante.

Assim como Djonga fala em suas músicas, isso é sobre resgate, para que não haja mais resquícios.

Abraços.

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Por Lucas Gomes

Não sou um profissional.

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