As impressões deixadas pelo Worlds Collide 2020

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A ideia por trás do Worlds Collide é genial. Você pega as suas marcas secundárias da companhia e coloca elas para competirem entre si num mesmo evento. Não requer histórias muito elaboradas, e ainda assim você tem um cenário pronto para ver os lutadores se quebrando no ringue. O foco do Worlds Collide 2020 foi a disputa entre o NXT e o NXT UK, e essas foram nossas impressões.

Um belo combate

Bom, de belo o Finn Bálor tem de sobra. Mas sua luta contra Ilja Dragunov me surpreendeu por vários motivos. Eu não conhecia o russo que está no NXT UK, assim como boa parte do público presente, e achei que foi uma bela forma de apresentá-lo a um público maior.

Bálor está se proclamando “Prince”, como utilizava nas ligas independentes, e teve uma boa dificuldade diante do russo. Ilja deu trabalho, mas no final das contas Bálor absorveu bem e deu o Coup de Grâce derradeiro. Ótima maneira de valorizar o personagem de Finn Bálor no NXT e ao mesmo tempo elevar a moral de Ilja Dragunov no NXT UK.

Novo cinturão, novo campeão, nova casa

Jordan Devlin superou o campeão Angel Garza, Isaiah Scott e Travis Bank na disputa do NXT Cruiserweight Championship, que recebeu uma repaginada e agora estará rumando ao Reino Unido junto do seu novo campeão.

Foi uma luta divertida, com todos os aspectos que podemos esperar da categoria Cruiserweight. Garza até tirou as calças, mas não conseguiu impedir o triunfo de Devlin. Gostei bastante da atuação de Isaiah “Swerve” Scott, e espero ver mais dele no NXT.

#DIY de volta

Era, pra muitos, uma dream match. As duas duplas que mais definem suas marcas, #DIY e Moustache Mountain fizeram um clássico no Worlds Collide 2020. Não há melhor palavra, foi um clássico.

Um show de técnica, entrosamento, brutalidade e dominação. Moustache Mountain prometeram descer a porrada nos ex-campeões de duplas do NXT, e fizeram isso e muito mais. Não fosse a resiliência de Tommaso Ciampa e Johnny Gargano, que até pouco tempo atrás estavam tentando matar um ao outro, certamente eles teriam conseguido a vitória.

Ao final, a #DIY conseguiu o triunfo após 20 minutos de um grande combate. As duas duplas se cumprimentaram e receberam aplausos da plateia. Bem vindos de volta, #DIY!

Campeã do NXT

Mesmo em nossa língua, onde o artigo definido possui gênero e podemos dividir os títulos entre campeões e campeãs, também lidamos sempre com o rótulo “feminino” em qualquer campeonato que seja destinado para as mulheres. Mas o NXT resolveu abolir isso. Ambos os títulos se chamam NXT Championship, e para diferenciá-los você pode seguir o conselho do Luan abaixo:

https://twitter.com/luwanbo/status/1221456311575097348

Achei a luta entre Rhea Ripley e Toni Storm um pouco curta, mas que contou sua história. Toni Storm tem uma agressividade impressionante, que consegue bater de frente com a imponência de Rhea Ripley. Mas se no passado Toni sabia o que era preciso para superar a adversária, o momento atual de Ripley é completamente outro.

Storm foi pro tudo ou nada e após falhar um splash, Rhea deu o golpe derradeiro pra vitória. Bianca Belair, que em algumas semanas enfrentará Rhea Ripley pelo cinturão do NXT, estava na primeira fila acompanhando de perto. Certamente, vai ter que aumentar o grau para conseguir vencer a campeã.

Acidentes acontecem, e aumentam a imponência

Foi a primeira vez que vi a Imperium lutar. E da entrada ao final, ela demonstra imponência. Tudo nela simplesmente é impressionante. E nem mesmo um acidente de percurso foi capaz de impedir o triunfo do grupo europeu. A Undisputed Era tentou até o fim, mas simplesmente não deu.

É incrível ver que nem mesmo um acidente completamente fora do kayfabe fez com que a luta perdesse o sentido, pelo contrário, o acidente ocorrido com Alexander Wolfe deixou a história ainda mais impressionante. O acidente no caso foi um ataque duplo de Kyle O’Reilly e Bobby Fish que fez com que Wolfe desmaiasse na hora. O juiz rapidamente percebeu e prontamente comunicou aos médicos da WWE, que o tiraram do combate e o mesmo prosseguiu normalmente, com a Imperium desfalcada num agora 4vs3.

Essa é a mágica da luta livre, que pra muitos pode ser um ponto negativo, mas para mim é onde a gente ganha. Fosse em outro esporte de combate, a luta teria terminado ali, completamente sem graça e inexpressiva. Nós nos permitimos a licença poética de não questionar um desmaio e o fato de que outro lutador entraria no combate sem um tag, e isso não tornou a luta pior ou mal contada.

De um lado, o grande trabalho de equipe da gangue liderada por Adam Cole. Do outro, outro grande trabalho de equipe, liderados por WALTER e seus chops que dá pra ouvir pela janela de nossas casas. O fato da Imperium vencer com um a menos não era algo combinado, mas encaixou perfeitamente na história para deixar algo mais óbvio ainda: a Imperium é a maior força atual do NXT, seja ele UK ou US.

Essas foram minhas impressões do Worlds Collide 2020, e você, o que achou do evento?

1 comentário em “As impressões deixadas pelo Worlds Collide 2020”

  1. O Walter é um monstro bicho. Carregou a Imperium nas costas mesmo após o Wolfe sair apagado e manteve o nível do negócio lá em cima. Esse cara vai ter um puta futuro, até achei que poderia ter no Royal Rumble, mas acho que fez bem pro físico dele ele descansar um dia depois de tudo que rolou.
    Mas no geral o Worlds Collide é fraco. Melhorou versus o ano anterior, lutas melhores e mais significativas. Eu só destacaria mesmo as de duplas, a feminina e o main event. Mesmo o Balor parecia mais do mesmo.

    E no fim fez sentido esse evento pra não desgastar rivalidades diretas, já que o NXT UK Takeover foi outro dia, e dava pra guardar o pessoal do NXT pro Royal Rumble no dia seguinte, assim como as rivalidades pro proximo Takeover chamar mais atenção ainda.

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